domingo, 24 de junho de 2012

O primeiro passo...



Já faz um tempo que não escrevo. Hoje queria desabafar. Tirar um pouco disso que me sufoca. Estava pensando em como é simples as pessoas serem melhores. Isso não exige muito não! Um gesto basta para começar a tocarmos o coração de todos. Um a um podemos ir tão longe...
            Estou cansado de tanto egoísmo e egocentrismo. Já pensou como as coisas poderiam ser melhores se pensarmos um pouquinho nos outros? Não digo que precisamos ser voluntários de ONGs ou algo do gênero, não é isso. Só queria que todos pudessem olhar um pouco para o lado. Poder ajudar alguém a não ser a si próprio.
            Podemos começar sendo educados. Desejando bom dia, boa tarde, boa noite... As pessoas passam em frente a outras e simplesmente fingem que elas não existem! O que custa reconhecer os outros e lhe desejar um algo de bom? Desejar o bem não importando a quem! Desejar é algo tão forte, uma passagem de energia tão intensa.
            Abrir o coração para o que vem de fora é um começo. Acorde, enxergue! Expanda o sentido da vida. Ame a si e deseje o melhor para todos, não importa a quem! Não nos cabe julgarmos e sermos levianos. Estamos aqui de passagem. Aproveite a vida da melhor forma possível e não esqueça que tudo é energia. O que desejamos e fazemos aos outros inevitavelmente voltará para nós.
            Estava pensando nessas coisas, pois me encontrava desapontado com certas atitudes do ser humano, realmente triste e chateado. Quando no simpósio que participei ontem passaram um vídeo que me remeteu todos esses pensamentos. Caiu como uma luva para mim. Por isso quero dividi-lo com vocês. Uma música linda com um vídeo tocante. Desejo muita luz no caminho de todos.  =)




"Um caminho de 1000km começa com o primeiro passo" Lao Tse

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Organizando por dentro e por fora



          Meu quarto entrará em reforma nos próximos dias. É mais uma mudança estrutural do que aparente, mas ainda assim dará bastante trabalho, como qualquer reforma. Gosto de organizar os armários, guarda roupas e afins. Sempre que limpo jogo muita coisa fora, muita mesmo! Acho que com o tempo vou me desapegando. E como dessa vez tenho que tirar tudo do quarto resolvi levar isso de desapego e organização mais a sério. Nada de deixar coisas inúteis ou esconder as coisas que não sabe o que fazer.

            Deve ser como alguns psicólogos e o feng shui diz que a desordem externa, que leva à desorganização interna e faz a vida virar uma confusão! Por isso é hora de organizar as coisas por dentro e por fora. “Organizar a vida é desbloquear a área mental e, consequentemente, organizar as emoções, as perdas e fazer as despedidas internamente”.

            Se livrar do que não serve para nada é sempre bom. Muitas vezes guardamos coisas que estão ali apenas ocupando espaço, impedindo que outras coisas novas surjam. “Quando jogamos fora a bagunça física, libertamos nossas mentes. Quando jogamos fora a bagunça mental, libertamos nossas almas”.

            Me pergunto porque guardo os vidros de perfume vazios, além das amostras grátis das perfumarias? A gaveta está a ponto de estourar de tanta tralha. E os milhares de CDs em desordem pelo quarto? Onde estão as capas? Tem coisas que simplesmente não fazem sentido guardar e precisam de um rumo para não ficar jogado pelos cantos. 

            Ainda tenho as apostilas do cursinho, livros de colégio, cadernos, trabalhos que me deram orgulho de fazer, mas que não tem mais sentido em minha vida atual. As pessoas não gostam de jogar objetos fora, porque acham que podem precisar um dia. Eu também costumo pensar assim, mas é um pensamento meio inútil. Se você não usou algo nos últimos anos qual a probabilidade de usar isso de novo? É o momento de se livrar do que está parado, fazer as coisas fluírem e dar espaço para o novo.

            Ainda tem as pequenas lembranças que são difíceis de desapegar, como ingressos de cinema, embalagem de presente, pedacinhos de papel. Se for algo que passou, que está no passado é lá onde deve permanecer! O melhor é desapegar de sentimentos saudosistas e viver o presente. Ter lembranças é bom, mas não dá para vivermos no passado e de resquícios de um tempo que não existe mais.

            Sei lá! Sei que estou viajando bastante com um simples assuntos como a arrumação do quarto, mas até que tem sentido tudo isso! Liberar as mágoas, sentimentos destrutivos. Largar a idéia de ter que esperar o momento certo para se fazer as coisas. Deixar o rio fluir e ir se livrando de tudo que faz a água represar.

            Depois de muito filosofar é hora de voltar à arrumação!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Melodias da Vida



           A vida é marcada por momentos. Os meus momentos sempre são acompanhados de uma música. Não importa quanto tempo passe, quando eu escuto a música que marcou um período da minha vida é como se eu revivesse todos os sentimentos e sensações daquela época. Agora estou ouvindo “You are the only exception” do Paramore. Gosto muito dessa música, a escutava numa fase onde meu coração estava em pedaços. Essa música remoia tudo o que eu sentia e jogava na minha cara dizendo que a única verdade que eu conhecia já não servia mais. Hoje quando a escuto ainda me identifico, acredito em cada verso, mas com o tempo as coisas se tornam brandas e suportáveis, quase uma dor boa! Aquela sensação que o passado passou, mas nunca é esquecido.       
            Quando eu escuto “California Gurls” da Katy Perry me lembro da minha viagem para Flórida. Essa música tocava muito. Foi uma época muito boa na minha vida. Numa tarde quando eu estava na Downtown Disney e começou a tocar essa música, naquele instante eu percebi que estava no momento mais pleno da minha vida, me sentia no controle da minha vida, estava feliz e completo de verdade. Da maneira que nunca me senti. Naquele instante eu descobri que a felicidade plena existe! Ouvir essa música me leva a um estado de espírito que só senti uma vez na vida, mas que vale a pena lutar para alcançá-lo.
            Quando escuto “Wishing on a star” da Cover Girls me lembro da minha infância, da melhor e da pior fase da minha vida. É a dicotomia perfeita daquela época. Uma fase tão intensa, um período que foi fundamental para que eu seja como sou hoje! Um passado que me traz a maior saudade que já senti e uma falta que nem o tempo consegue amenizar. Depois anos para achar essa música. Agora posso escutá-la quando o coração aperta.
            Outra música que mexe muito comigo é “Short Trip Home” tocada pelo Joshua Bell. Essa canção é sinônimo de paz para mim. Quando a escuto me sinto como se estive voltando para casa, indo ao encontro da paz e da serenidade. Sinto como se fosse um momento onde a vida me oferece um outro ritmo para se viver, onde eu posso sentir a verdadeira essência das coisas e desfrutar do tempo que a vida me oferece.
            Por fim a música que mais me identifico na vida! Aquela que sempre foi a “minha música”. Quem me conhece um pouquinho mais sabe que só poderia ser “La Forza della Vita” do Renato Russo. Comecei a escutar essa música ainda na infância, ouvia toda as noites durante anos. Eu não entendia o que a letra queria dizer, mas sabia que essa música era especial pra mim de alguma forma. Falava que um dia eu iria aprender italiano e entenderia a música, pois é, o tempo passou mais rápido do que imaginava, hoje falo italiano e entendo o que a música diz. Tenho ainda mais certeza que essa música traduz muito do que eu vivi e do que eu sou.
            Essas são apenas algumas de tantas trilhas sonoras que embalam minha vida. Não consigo imaginar o que seria da vida sem as canções que nos emocionam e nos cativam de forma tão especial. Conseguir pontuar algumas entre tantas foi difícil, mas muito gostoso poder pensar na diferença que faz a música na minha vida.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Curvas Intermitentes



                O tempo está passando e eu não sei quem estou me tornando. Na verdade ando deixando esse tipo de pensando de lado, já basta de tanto dar voltas sem saber aonde chegar. Estou descobrindo como as pessoas são tolas nessa vida! Elas te fazem amá-la por vaidade, elas te machucam por amargura. Todos são tão egoístas e rasos que dá pena! Não quero mais perder meu tempo com esse tipo de pessoa que vive em uma redoma de vidro onde só enxergam a si mesmo para onde quer que olhem.
                A única verdade que vejo é a vida que está lá fora e a que se encontra dentro de nós. Por que vivemos nossas vidas evitando essa verdade tão óbvia? Trabalhamos muito, dormimos pouco, perdemos nosso tempo com coisas que julgamos ser importantes para que um dia possamos chegar à felicidade, mas já reparou que essa felicidade nunca chega?
                Desperdiçamos nossa vida de forma tão banal! Não quero viver esse tipo de realidade, não quero ser escravo do presenteismo e dos valores descartáveis. Quero ter o meu tempo, as minhas escolhas. Poder viver meus sonhos, minha vida e minha felicidade.
                 Quero ter tempo pra mim, para poder estar comigo mesmo e com as pessoas que amo! O dinheiro, o prestígio e o sucesso são coisas boas, mas não substituem um por do sol, um banho de mar, uma música a dois. Não entendo para que tanto sacrifício se tudo o que quero está na simplicidade da vida!
                Posso parecer insensato, mas não vou deixar que outras pessoas destruam a realidade que eu escolhi viver. Podem fazer o que quiserem comigo, eu vou continuar fazendo minha cara de bobo, fingindo que concordo com tudo, mas no fundo estarei rindo da sua tentativa infeliz de despejar suas frustrações em mim e me fazer infeliz.

“Podem até maltratar meu coração, mas meu espírito ninguém vai conseguir quebrar”

domingo, 11 de setembro de 2011

A Estrada inexistente


O tempo passa tão rápido que nem nos damos conta disso. Quando percebemos os dias se tornaram anos e as coisas mudaram totalmente da imagem que temos pintada em nossa memória. Amizades de outrora hoje não passam de uma doce lembrança, a qual insistimos em acreditar que ainda vive. Tantas mudanças, tantos acontecimentos... e quando vemos, nossa vida tomou um rumo inesperado. Nunca saberemos se é o melhor caminho, mas é o que escolhemos ou o que a vida nos impôs, ou melhor, provavelmente um misto de ambos.
No meu anseio na busca pelo caminho certo acabo ficando estagnado diante das possibilidades e conseqüências, mas ando percebendo que o caminho que desejo não está onde procuro, mas no avesso disso! No avesso de minhas perspectivas, ideais, sonhos e desejos encontro as respostas que procuro... nenhuma.
No meio de tantas incertezas eu ainda não havia feito a pergunta certa, e só para essa eu obteria uma resposta. Aí o jogo muda totalmente, ao invés de buscar a resposta certa tenho que encontrar a pergunta certa! Olhar para dentro e conhecer do que sou feito, esse é o primeiro passo para conhecer o que vem depois.
Simples falar, difícil de fazer... mas sou insistente! Não desisto com muita facilidade! Estou disposto a ir fundo nas coisas, fazer o que tenho que fazer de todo o coração! Não sei em que resultado isso chegará, mas terei a certeza de que dei o melhor de mim em cada momento e isso me fará feliz. Saber que tentei de verdade, fui ao limite, só assim estarei em paz com as adversidades da vida. Só assim poderei sorrir com as intempéries da alma.
Sempre caminhando, sempre caminhando...
... Espero encontrar algum de vocês nessa estrada que não sei onde levará.

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

Fernando Pessoa
(Ricardo Reis)

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O tempo



Virar a pagina para mim sempre foi uma coisa muito complexa! Nunca tive aptidão para o Carpe Diem, para esquecer o passado e viver apenas o presente. Muito pelo contrário, carrego fragmentos de tudo que já vivi comigo e não permito me esquecer de nenhum. Às vezes esse peso me estagna, me cansa, por muitas vezes deixo os resquícios de outrora dominar minha vida presente.
Fico imaginando realidades alternativas, possibilidades de vida que nunca aconteceram, sempre remoendo o passado na busca de respostas para o sentido que a vida tomou! Encontro e desencontro essas respostas diariamente. As modifico, as transformo na esperança de um dia me ver satisfeito com o resultado encontrado na minha vida.
Satisfação? Parece piada dizer isso, não sei o que realmente significa essa palavra, só sei que não posso parar, não posso esperar! Mesmo que eu carregue as ilusões e fantasmas do passado continuo prosseguindo, tentando distinguir o que é real do que é fruto da minha imaginação, das ilusões e dos desejos do meu subconsciente. Continuo a caminhar, a passos curtos, mas não paro! O cavalo mesmo carregando grandes pesos não para, prossegue de cabeça erguida seu caminho, sem reclamar, sem oscilar, sempre na busca de seu destino, do seu ponto de chegada, onde poderá se livrar dos pesos e das amarras e puder viver a liberdade terrena a qual é sua essência.
Apenas sou assim... preso entre o passado e o futuro, tentando viver o presente!
Esse trecho do Caio Fernando Abreu fala um pouco sobre isso:

“Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais - por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia – qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido. Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando estou ´quase´ certo que desistindo naquele momento vou levar comigo uma coisa bonita. Quando eu ´quase´ tenho certeza que insistir naquilo vai me fazer sofrer, que insistir em algo ou alguém pode não terminar da melhor maneira, que pode não ser do jeito que eu queria que fosse, eu jogo tudo pro alto, sem arrependimentos futuros! Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor. Talvez loucura, medo, eu diria covardia, loucura quem sabe! “

Mas o que o Caio Fernando Abreu não sabe é que no final as coisas sempre dão erradas quando tem que dar. A vida vivida na ilusão das possibilidades pode parecer bonita, mas no final toda essa louca covardia só nos leva a um caminho... a solidão.
Aprender a fazer escolhas e não-escolhas e um grande desafio na vida, mas com o tempo a gente aprende, amadurece, cresci. Se realmente quisermos. É como a Dory diz: “Se a vida decepciona, continue a nadar, para achar a solução, continue a nadar”

Essa cena do Rei Leão é a minha predileta e está relacionada a tudo isso que eu disse anteriormente!

http://www.youtube.com/watch?v=Dw4cGUFb_GA&feature=related

Espero que gostem e que entendam o que eu tentei expressar em palavras!

domingo, 19 de junho de 2011

Perspectiva



Acordei especialmente inspirado hoje! É tão diferente quando se tem tempo para observar o mundo a sua volta. Normalmente estamos correndo tanto que não paramos para realmente sentir a vida que possuímos. É engraçada a forma que tentamos controlar nossas vidas, fazemos planos, criamos expectativas e no final descobrimos que o real controle de nossas vidas não está em nossas mãos. As intempéries que surgem em nossos caminhos, o acaso, o inesperado são fatores que não podemos controlar e são os quais fazem toda a diferença.
Com o tempo nós vamos aprendendo que tudo que guardamos em nosso coração se está ali não pode ser uma coisa ruim. Talvez o que seja necessário é repaginar os sentimentos, mas nunca destruí-los, eliminá-los de nós. O coração não é cego assim, sabe o que faz! Nosso erro é querer teorizar e controlar nossos sentimentos. Quando isso acontece tudo dá errado, não funcionamos com exatidão como as maquinas e é isso que dá toda a graça para as coisas.
De repente, não mais que de repente. Sinto uma nostalgia boa, aquela sensação que te invade e diz que tudo valeu à pena, que você tomou o caminho que deveria ter tomado, caiu, levantou, mas aprendeu muito com isso. Descobriu que nem sempre as coisas são deveras ruins. Tudo está dentro de nós e na forma que vemos o mundo. No final das contas tudo é tão simples, só é necessário aprender a enxergar. Aí aprendemos que fizemos o que deveríamos ter feito, na hora certa, no momento certo e no final tudo se ajeitou como deveria ser.
Somos o que somos. Entender isso é o começo de tudo. Não tenha receios, pudores. Viva o que deve viver sem hesitação, sem remorso. Não há certo ou errado no mundo dos sentimentos, apenas possibilidades. Conciliar os sentimentos, a consciência e o inesperado são a melhor receita para uma vida plena. Deixa seus pressupostos para trás, tire as máscaras que o mundo te faz usar, rejeite tudo que não te faz bem. Não tenha medo de ser o que é. Se aceite como uma pessoa singular e aceite o mundo.