terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Navegando...


Como é curioso pensar nas pessoas. Pensar que TEMOS amizades, TEMOS amores, TEMOS companheirismo, TEMOS, TEMOS, TEMOS.... Que inútil ilusão de posse! Podemos fazer mil coisas, conhecer mil pessoas, podemos brindar boas novas e compartilhar confidencias, mas no final será apenas nós com nós mesmos.
Se for olhar bem lá no fundo verá que somos como ilhas, sozinhas, isoladas... por mais que queiramos acreditar no oposto é assim que todos nós somos! A solidão está presente em todos, basta querer enxergá-la ou não.
Um dia acreditei que me sentiria completo se tivesse uma pessoa que me fizesse sentir assim, mas hoje vejo que esse sentimento de completude vem de momento, de situação e não diretamente dos outros. Nos momentos que estamos sozinhos no escuro do nosso quarto o conflito é com nós mesmo! Enfrentamos nossos medos e alimentamos nossos anseios.
Numa época tive medo de me sentir sozinho, esquecido. Depois quis ficar isolado e esquecido. E nesses dois momentos eu via que continuava me sentindo só e que um vazio ainda existia dentro de mim. Consegui entender que eu não poderei SER completo, apenas ESTAR completo e isso fez toda a diferença!
Tudo isso me veio à cabeça com as comemorações de final de ano. Ficaria feliz se algumas pessoas se lembrassem de mim e me desejassem feliz ano novo ou receber um cartão de natal inesperado! Antigamente isso acontecia, sabe! Mas por que não mais? Talvez eu esteja sendo displicente, admito isso! Mas será que apenas eu devo cultivar laços? É engraçado, quando eu era mais atencioso com as pessoas eu não esperava grandes respostas, pois apenas o fato de fazer já me bastava, mas dessa vez nada fiz e esperei inconscientemente alguma coisa. Não culpo ninguém, para essas coisas não existem culpados! E eu cometi o grande pecado: Esperar alguma coisa dos outros!!!
Outro fato engraçado. Eu continuo postando no blog mesmo sabendo que quase ninguém lê o que escrevo, mas ainda assim sinto necessidade de escrever e gosto de fazê-lo! No final das contas eu não escrevo para ninguém, escrevo apenas para mim. E não acho isso algo ruim...
Agora entendo e acredito que tudo isso faça parte! Somos o que somos e nada além disso. Por ora vou continuar navegando por esse mar a procura da minha ilha desconhecida.
Talvez eu a encontre e desvende seus segredos, talvez eu a procure por toda uma vida, mas no final isso não tem tanta importância, porque estarei acompanhado da única pessoa que talvez possa entender todas as minhas nuances, basta olhar no espelho para a encontrar.