Caminhos...

Me pego pensando em que rumo minha vida tomou. São tantas lembranças, tantas saudades! Me lembro de quando ainda estava no colégio, tantos sonhos, tantas vontades! Como as coisas mudaram, não que não sonhe mais, mas talvez com o tempo eu esteja perdendo um pouco da fantasia de sonhar, ou talvez eu apenas esteja fingindo ser assim.
Consegui muito do que sonhava, enfrentei obstáculos, mudei pontos de vista, ideais. Com a perseverança aos poucos tudo foi se transformando. Até que cheguei aonde estou, mas aonde estou?
Me encontro numa encruzilhada, onde caminhos se abrem, novas possibilidades, novos sonhos!
Mas pela primeira vez me vejo com medo de sonhar. Será que é sempre assim quando crescemos? As pessoas se acomodam e se sentem felizes dessa forma, com seus empregos estáveis, com suas famílias sorridentes e seu consumismo desvairado.
Não consigo ser assim, não preciso de carro, casa, roupas caras. Desejo algo muito além, desejo vida! Chega de desejar sonhos em massa! Tenho os meus próprios, sei que posso criar a minha própria definição de felicidade, então talvez tenha chegado a hora de a procurar.
Esses versos me ajudam a expressar o que sinto!

“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”
Fernando Pessoa